quarta-feira, 18 de junho de 2008
RACISMO (Luis Fernando Verissímo)
- O que foi?
- Você andou dizendo por aí que no Brasil existe racismo.
- E não existe?
- Isso é negrice sua. E eu que sempre te considerei um negro de alma branca... É, não adianta. Negro quando não faz na entrada...
- Mas aqui existe racismo.
- Existe nada. Vocês têm toda a liberdade, têm tudo o que gostam. Têm carnaval, têm futebol, têm melancia... E emprego é o que não falta. Lá em casa, por exemplo, estão precisando de empregada. Pra ser lixeiro, pra abrir buraco, ninguém se habilita. Agora, pra uma cachacinha e um baile estão sempre prontos. Raça de safados! E ainda se queixam!
- Eu insisto, aqui tem racismo.
- Então prova, Beiçola. Prova. Eu alguma vez te virei a cara? Naquela vez que te encontrei conversando com a minha irmã, não te pedi com toda a educação que não aparecesse mais na nossa rua? Hein, tição? Quem apanhou de toda a família foi a minha irmã. Vais dizer que nós temos preconceito contra branco?
- Não, mas...- Eu expliquei lá em casa que você não fez por mal, que não tinha confundido a menina com alguma empregadoza de cabelo ruim, não, que foi só um engano porque negro é burro mesmo. Fui teu amigão. Isso é racismo?
- Eu sei, mas...
- Onde é que está o racismo, então? Fala, Macaco.
- É que outro dia eu quis entrar de sócio num clube e não me deixaram.
- Bom, mas pera um pouquinho. Aí também já é demais. Vocês não têm clubes de vocês? Vão querer entrar nos nossos também? Pera um pouquinho.
- Mas isso é racismo.- Racismo coisa nenhuma! Racismo é quando a gente faz diferença entre as pessoas por causa da cor da pele, como nos Estados Unidos. É uma coisa completamente diferente. Nós estamos falando do crioléu começar a freqüentar clube de branco, assim sem mais nem menos. Nadar na mesma piscina e tudo.
- Sim, mas...- Não senhor. Eu, por acaso, quero entrar nos clubes de vocês? Deus me livre.
- Pois é, mas...- Não, tem paciência. Eu não faço diferença entre negro e branco, pra mim é tudo igual. Agora, eles lá e eu aqui. Quer dizer, há um limite.- Pois então. O ...- Você precisa aprender qual é o seu lugar, só isso.- Mas...- E digo mais. É por isso que não existe racismo no Brasil. Porque aqui o negro conhece o lugar dele.- É, mas...- E enquanto o negro conhecer o lugar dele, nunca vai haver racismo no Brasil. Está entendendo? Nunca. Aqui existe o diálogo.
- Sim, mas...
- E agora chega, você está ficando impertinente. Bate um samba aí que é isso que tu faz bem.
segunda-feira, 16 de junho de 2008
Escrever...
UMA ESPERANÇA (Clarice Lispector)
Houve um grito abafado de um de meus filhos:
- Uma esperança! e na parede, bem em cima de sua cadeira! Emoção dele também que unia em uma só as duas esperanças, já tem idade para isso. Antes surpresa minha: esperança é coisa secreta e costuma pousar diretamente em mim, sem ninguém saber, e não acima de minha cabeça numa parede. Pequeno rebuliço: mas era indubitável, lá estava ela, e mais magra e verde não poderia ser.
- Ela quase não tem corpo, queixei-me.
- Ela só tem alma, explicou meu filho e, como filhos são uma surpresa para nós, descobri com surpresa que ele falava das duas esperanças.
Ela caminhava devagar sobre os fiapos das longas pernas, por entre os quadros da parede. Três vezes tentou renitente uma saída entre dois quadros, três vezes teve que retroceder caminho. Custava a aprender.
- Ela é burrinha, comentou o menino.
- Sei disso, respondi um pouco trágica.
- Está agora procurando outro caminho, olhe, coitada, como ela hesita.
- Sei, é assim mesmo.
- Parece que esperança não tem olhos, mamãe, é guiada pelas antenas.
- Sei, continuei mais infeliz ainda.
Ali ficamos, não sei quanto tempo olhando. Vigiando-a como se vigiava na Grécia ou em Roma o começo de fogo do lar para que não se apagasse.
- Ela se esqueceu de que pode voar, mamãe, e pensa que só pode andar devagar assim.
Andava mesmo devagar - estaria por acaso ferida? Ah não, senão de um modo ou de outro escorreria sangue, tem sido sempre assim comigo.
Foi então que farejando o mundo que é comível, saiu de trás de um quadro uma aranha. Não uma aranha, mas me parecia "a" aranha. Andando pela sua teia invisível, parecia transladar-se maciamente no ar. Ela queria a esperança. Mas nós também queríamos e, oh! Deus, queríamos menos que comê-la. Meu filho foi buscar a vassoura. Eu disse fracamente, confusa, sem saber se chegara infelizmente a hora certa de perder a esperança:
- É que não se mata aranha, me disseram que traz sorte...
- Mas ela vai esmigalhar a esperança! respondeu o menino com ferocidade.
- Preciso falar com a empregada para limpar atrás dos quadros - falei sentindo a frase deslocada e ouvindo o certo cansaço que havia na minha voz. Depois devaneei um pouco de como eu seria sucinta e misteriosa com a empregada: eu lhe diria apenas: você faz o favor de facilitar o caminho da esperança.
O menino, morta a aranha, fez um trocadilho, com o inseto e a nossa esperança. Meu outro filho, que estava vendo televisão, ouviu e riu de prazer. Não havia dúvida: a esperança pousara em casa, alma e corpo.
Mas como é bonito o inseto: mais pousa que vive, é um esqueletinho verde, e tem uma forma tão delicada que isso explica por que eu, que gosto de pegar nas coisas, nunca tentei pegá-la.
Uma vez, aliás, agora é que me lembro, uma esperança bem menor que esta, pousara no meu braço. Não senti nada, de tão leve que era, foi só visualmente que tomei consciência de sua presença. Encabulei com a delicadeza. Eu não mexia o braço e pensei: "e essa agora? que devo fazer?" Em verdade nada fiz. Fiquei extremamente quieta como se uma flor tivesse nascido em mim. Depois não me lembro mais o que aconteceu. E, acho que não aconteceu nada.
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Arte
terça-feira, 13 de maio de 2008
Análise de Conto
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Ambiente
Fatores materiais:
Preconceito, ideologias, religião, etc.
Dependo da forma que o autor utiliza a força ambiental, sua classificação pode ser pictórica (quando se predomina os elementos materiais) e atmosférica (quando se predomina os elementos mentais).
Ponto-de-vista: é o elemento da narração que compreende a perspectiva através da qual se conta uma história. É, basicamente, a posição a qual o narrador, enquanto instância narrante ou voz que articula a narração, conta a história. Os pontos de vista mais conhecidos são dois: Narrador-Observador e Narrador-Personagem.
O Narrador-Observador é aquele que conta a história através de uma perspectiva de fora da história, isto é, ele não se confunde com nenhum dos personagens. Este foco narrativo se dá, predominantemente, em terceira pessoa e pode ser dividido em:
-Narrador-Observador Onisciente: É o narrador que tudo sabe sobre o enredo, os personagens e seus pensamentos. A onisciência do narrador pode ou não se limitar a apenas um dos personagens da história .
Exemplos: Fielding, em Tom Jones; Tolstoi, em Guerra e Paz, Perto do coração selvagem, de Clarice Lispector.
-Narrador-Observador Câmera: Este narrador não tem a ciência do que se passa nas mentes dos personagens da história, mas conhece tudo sobre o enredo e sobre qualquer outra informação que não sejam intimas da psique dos personagens.
Exemplo: Goodbye to Berlin, romance-reportagem de Isherwood.
O Narrador-Personagem é aquele que conta a história através de uma perspectiva de dentro da história, isto é, ele, de alguma forma participa do enredo, sendo um dos personagens da história, usando a Primeira Pessoa para se contar historia. Pode-se classificar o Narrador-Personagem em:
-Narrador-Personagem Protagonista: Este narrador é a personagem principal da história, narrando-a de um ponto de vista fixo: o seu. Não sabe o que pensam os outros personagens e apenas narra os acontecimentos como os percebe ou lembra.
Exemplos: Grande Sertão: Vereda, Guimarães Rosa; Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.
-Narrador-Personagem Testemunha: É o narrador que vive os acontecimentos por ele descritos como personagem secundária. É um ponto de vista mais limitado, uma vez que ele narra a periferia dos acontecimentos, sendo incapaz de conhecer o que se passa na mente dos outros personagens.
Exemplo: Memorial de Aires, de Machado de Assis; As Aventuras de Sherlock Holmes, de Sir Arthur Conan Doyle.
Alguns Conceitos...
Mímese( distinção de poiesis, na poética)
A mímesis não é mais representação da natureza e não pressupõe uma realidade anterior à linguagem. O real se coloca como construção e se constrói a partir do ato de representação.È a recriação do real.(=mímesie,verossimilhança).
Tanto Platão quanto Aristóteles viam, na mimesis, a representação da natureza. Contudo, para Platão toda a criação era uma imitação, até mesmo a criação divina era uma imitação da natureza verdadeira (o mundo das idéias). Sendo assim, a representação artística do mundo criado por Deus (o mundo físico) seria uma imitação de segunda mão. Ou seja, para Platão mimesis é imitação.
Já Aristóteles via o drama como sendo a “imitação de uma ação”, que na tragédia teria o efeito catártico. Como rejeita o mundo das idéias, ele valoriza a arte como representação do mundo. Esses conceitos estão no seu mais conhecido trabalho, a Poética. Ou seja, para Aristóteles mimesis é representação.
Mais recentemente Erich Auerbach, Merlin Donald e René Girard escreveram sobre a mimesis
CATARSE
Liberação de sentimentos através da emoção causada pela arte.
Catarse é a purificação das almas por meio da descarga emocional provocada por um drama. Este é um conceito teorizado por Aristóteles.
Segundo o filósofo, para suscitar a catarse era preciso que o herói passasse da dita para a desdita, ou seja, da graça para a desgraça. E mais ainda: não pode ser por acaso, e sim por uma desmedida, ou seja, por uma ação ou escolha mal feita do herói.
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Conceituação dos Gêneros Literários
"Jardim dos pessegueiros"
"Canção do vento e da minha vida" de Manuel Bandeira:
O vento varria os frutos,
O vento varria as flores...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De frutos, de flores, de folhas.
O ritmo martelado dos primeiros versos de Bandeira reforça a impetuosidade da destruição.
"Cantiga outonal" de Cecília Meireles:
Outono. As árvores pensando...
Tristezas mórbidas no mar....
O vento passa, brando... brando...
E sinto medo, susto, quando
Escuto o vento assim passar...
A lentidão rítmica se adapta ao estado de alma diluído molemente numa tristeza cansada.
ÉPICO: Tinha como objeto o mundo exterior ao poeta; o mundo dos fatos acontecimentos, realizações heróicas, altos ideais sem se misturar a eles. Heróis de elevado caráter, cuja grandeza vence todos os obstáculos. Assumia a forma de epopéia, constituída por uma ação inteira, com princípio, meio e fim. O mais completo exemplo de epopeia é o deixado por Homero.
Cena do filme Íliada
" A ILIADA narra os impasses de Agamenon e Aquiles à frente da armada grega, nos últimos momentos da Guerra de Tróia, ou Ílion, cidade portuária situada na costa oriental do mar Egeu. A causa da guerra ocorrera dez anos antes, quando o príncipe troiano, Páris, raptara a grega Helena, mulher de Menelau, rei de Esparta. Ultrajados com a ofensa, os principes gregos reuniram suas frotas e atacaram Tróia, cercando-a durante uma década, até conseguirem, com a morte do valoroso chefe troiano Heitor, sua destruição."
Cena filme a odisséia Ulisses
"A ODISSÉIA conta as aventuras de Ulisses no regresso a Ítaca, seu reino natal, depois da longa Guerra de Tróia, que os gregos venceram. Com Tróia destruída, Ulisses pode enfim voltar à pátria, onde o esperam a mulher, Penélope, e o filho, Telémaco. Entretanto, uma tempestade o desvia de rumo, levando sua frota ao País dos Comedores de Lótus. Os habitantes desse país acolhem o herói grego e sua tripulação de modo hospitaleiro, oferecendo-lhes o seu próprio alimento, o lótus, que faz os homens esquecerem a terra nativa e desejar permanecer onde estão. A muito custo Ulisses consegue tirar seus marinheiros dessa estranha paragem, tendo até de amarrá-los nos navios."
A essência gênero épico é a narrativa. Sua espinha dorsal corresponde ao velho instinto humano de contar e ouvir histórias, uma das mais rudimentares e populares formas de entretenimento. Mas nem todas as histórias são artes. Para que tenha o valor artístico, a ficção exige uma técnica de arranjo e apresentação, que comunicará à narrativa beleza de forma, estrutura e unidade de efeito. A ficção distingue-se da história e da biografia, por estas serem narrativas de fatos reais. A ficção é produto da imaginação criadora, embora, como toda a arte, suas raízes mergulhem na experiência humana. Mas o que a distingue das outras formas de narrativa é que ela é uma transfiguração ou transmutação da realidade. Ela coloca a massa da experiência humana dentro de um molde, seleciona, omite, arruma os dados da experiência de modo a fazer surgir um plano, que se apresenta como uma entidade, com vida própria, com um sentido intrínseco, diferente da realidade. A ficção não pretende fornecer um simples retrato da realidade, mas antes criar uma imagem da realidade, uma reinterpretarão, uma revisão e a fusão de objetos: mundo exterior social e mundo interior individual resultam a hibridez formal do romance (e de suas formas correlatas: como a novela).
cena novela guerra dos sexos
“É o espetáculo da vida por meio do olhar interpretativo do artista, a interpretação artística da realidade.”
DRAMÁTICO: dependendo da natureza dos conflitos representados, assumia a forma de tragédia ou de comédia.
Aristóteles definia dramaturgia como a organização de ações humanas de forma coerente provocando fortes emoções ou um estado irreprimível de gozo ou maravilhamento.
A Tragédia era sua forma suprema e apresentava homens e paixões superiores em luta com a Fatalidade.
o fantasma da ópera teatro tragédia
A Comédia, forma dramática inferior, apresentava homens e paixões vulgares que, em lugar de compaixão, despertavam o riso o desprezo...
futebol dos filósofos teatro comédia
Caracteriza-se por ser um espetáculo cênico, montado sobre um texto em prosa ou em linguagem poética e estruturado em diálogos e cenas, e este só se realiza integralmente quando transformado em representação onde se fundem os elementos mais heterogêneos: texto, espaço cênico, encenação, interpretação, direção, cenografia, figurinos, maquiagem, iluminação, sonorização, etc..
O jogo dramático que o teatro proporciona está sendo utilizado, atualmente, como instrumento de educação, com crianças e jovens, no sentido de estimular suas potencialidades criativas.
Como exemplo de novelas, podemos citar:
http://recantodasletras.uol.com.br/resenhas/26477
- Uma vida em segredo, de Autran Dourado
http://www.jayrus.art.br/Apostilas/LiteraturaBrasileira/Contemporanea/Autran_Dourado_Uma_Vida_em_Segredo_resumo.htm
Conto
É a modalidade narrativa de maior brevidade. Com economia de cenários e personagens. A solução do conflito é narrada perto do seu desenlace. Tem como características a tensão, ritmo, o imprevisto dos parâmetros previstos, unidade, compactação, concisão, conflito, com início, meio e fim, o passado e o futuro têm significado menor. O flashback pode acontecer, mas só se absolutamente necessário, mesmo assim da forma mais curta possível.
Eis alguns exemplos de contos:
O alienista, de Machado de Assis
acessar : http://pt.wikipedia.org/wiki/O_alienista
O peru de natal, de Mário de Andrade
acessar : http://www.releituras.com/marioandrade_natal.asp
Epopéia
É uma criação literária geralmente sem verso e de fundo narrativo ( do grego epos= canto, narrativa). Desde os tempos antigos a epopéia tem a finalidade de exaltar os heróis nacionais e cantar os grandes feitos dos povos, tem valor bastante fictício mas suas histórias passam de geração para geração. Como por exemplo:
acesse : http://www.universia.com.br/html/materia/materia_eacj.html
O texto literário
A narração é um dos gêneros literários mais fecundos, portanto, há atualmente diversos tipos de textos narrativos que comumente são produzidos e lidos por pessoas de todo o mundo.Entre os tipos de textos mais conhecidos, estão o Romance, a Novela, o Conto, a Crônica, a Fábula, a Parábola, o Apólogo, a Lenda, entre outros. O principal objetivo do texto narrativo é contar algum fato. E o segundo principal objetivo é que esse fato sirva como informação, aprendizado ou entretenimento. Se o texto narrativo não consegue atingir seus objetivos perde todo o seu valor. A narração, portanto, visa sempre um receptor. Vejamos os conceitos de cada um desses tipos de narração e as diferenças básicas entre eles.
quinta-feira, 8 de maio de 2008
Definindo Arte...
A Literatura na Era Contemporânea
A Literatura no Entre-Séculos
A Literatura na Era Romântica
A Razão onipotente e disciplinadora dos clássicos cede lugar á emotividade/espontaneidade individualista e à originalidade criadora do artista. Literatura deixa de ser vista como a imitação do real e passa a ser expressão do mistério e do enigma da existência, apreendidos por uma personalidade de exceção.
A literatura na Era Clássica
Literatura na Era Medieval e Renascimento
Literatura na Antiguidade Clássica
Literatura : Natureza
quarta-feira, 7 de maio de 2008
Arte e Literatura
Essa é uma das inúmeras definições que encontramos sobre o que é Arte... Porém a arte é muito subjetiva para ser definida, ela não está ligada em particular a este ou aquele período histórico. È de fato tão antiga quanto á raça humana e é inerente ao homem, como são parte dele os olhos ou os ouvidos, a fome a sede... Dizia VAN LONN escritor e jornalista holandês (1882-1944).
A Arte é Universal...
A Arte é vida...e vida jamais pode ser conceituada definitivamente,cada época,cada pensamento,tem para ela uma resposta...Mais os homens sempre procuraram respostas para conceituar o que é Arte.Ao passar dos tempos,várias tem sido as definições sobre o que é arte.
Para nossa época, por exemplo, Arte è linguagem, ou seja toda expressão artística como um fenômeno expressivo,como uma linguagem específica: uma forma peculiar que busca expressar uma vivência ou uma experiência humana,em termos de harmonia ou de impacto;de cor ou de movimento; de visualidade ou de sons,dependendo de matéria que ela utiliza como expressão.