"Jardim dos pessegueiros"
"Canção do vento e da minha vida" de Manuel Bandeira:
O vento varria os frutos,
O vento varria as flores...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De frutos, de flores, de folhas.
O ritmo martelado dos primeiros versos de Bandeira reforça a impetuosidade da destruição.
"Cantiga outonal" de Cecília Meireles:
Outono. As árvores pensando...
Tristezas mórbidas no mar....
O vento passa, brando... brando...
E sinto medo, susto, quando
Escuto o vento assim passar...
A lentidão rítmica se adapta ao estado de alma diluído molemente numa tristeza cansada.
ÉPICO: Tinha como objeto o mundo exterior ao poeta; o mundo dos fatos acontecimentos, realizações heróicas, altos ideais sem se misturar a eles. Heróis de elevado caráter, cuja grandeza vence todos os obstáculos. Assumia a forma de epopéia, constituída por uma ação inteira, com princípio, meio e fim. O mais completo exemplo de epopeia é o deixado por Homero.
Cena do filme Íliada
" A ILIADA narra os impasses de Agamenon e Aquiles à frente da armada grega, nos últimos momentos da Guerra de Tróia, ou Ílion, cidade portuária situada na costa oriental do mar Egeu. A causa da guerra ocorrera dez anos antes, quando o príncipe troiano, Páris, raptara a grega Helena, mulher de Menelau, rei de Esparta. Ultrajados com a ofensa, os principes gregos reuniram suas frotas e atacaram Tróia, cercando-a durante uma década, até conseguirem, com a morte do valoroso chefe troiano Heitor, sua destruição."
Cena filme a odisséia Ulisses
"A ODISSÉIA conta as aventuras de Ulisses no regresso a Ítaca, seu reino natal, depois da longa Guerra de Tróia, que os gregos venceram. Com Tróia destruída, Ulisses pode enfim voltar à pátria, onde o esperam a mulher, Penélope, e o filho, Telémaco. Entretanto, uma tempestade o desvia de rumo, levando sua frota ao País dos Comedores de Lótus. Os habitantes desse país acolhem o herói grego e sua tripulação de modo hospitaleiro, oferecendo-lhes o seu próprio alimento, o lótus, que faz os homens esquecerem a terra nativa e desejar permanecer onde estão. A muito custo Ulisses consegue tirar seus marinheiros dessa estranha paragem, tendo até de amarrá-los nos navios."
A essência gênero épico é a narrativa. Sua espinha dorsal corresponde ao velho instinto humano de contar e ouvir histórias, uma das mais rudimentares e populares formas de entretenimento. Mas nem todas as histórias são artes. Para que tenha o valor artístico, a ficção exige uma técnica de arranjo e apresentação, que comunicará à narrativa beleza de forma, estrutura e unidade de efeito. A ficção distingue-se da história e da biografia, por estas serem narrativas de fatos reais. A ficção é produto da imaginação criadora, embora, como toda a arte, suas raízes mergulhem na experiência humana. Mas o que a distingue das outras formas de narrativa é que ela é uma transfiguração ou transmutação da realidade. Ela coloca a massa da experiência humana dentro de um molde, seleciona, omite, arruma os dados da experiência de modo a fazer surgir um plano, que se apresenta como uma entidade, com vida própria, com um sentido intrínseco, diferente da realidade. A ficção não pretende fornecer um simples retrato da realidade, mas antes criar uma imagem da realidade, uma reinterpretarão, uma revisão e a fusão de objetos: mundo exterior social e mundo interior individual resultam a hibridez formal do romance (e de suas formas correlatas: como a novela).
cena novela guerra dos sexos
“É o espetáculo da vida por meio do olhar interpretativo do artista, a interpretação artística da realidade.”
DRAMÁTICO: dependendo da natureza dos conflitos representados, assumia a forma de tragédia ou de comédia.
Aristóteles definia dramaturgia como a organização de ações humanas de forma coerente provocando fortes emoções ou um estado irreprimível de gozo ou maravilhamento.
A Tragédia era sua forma suprema e apresentava homens e paixões superiores em luta com a Fatalidade.
o fantasma da ópera teatro tragédia
A Comédia, forma dramática inferior, apresentava homens e paixões vulgares que, em lugar de compaixão, despertavam o riso o desprezo...
futebol dos filósofos teatro comédia
Caracteriza-se por ser um espetáculo cênico, montado sobre um texto em prosa ou em linguagem poética e estruturado em diálogos e cenas, e este só se realiza integralmente quando transformado em representação onde se fundem os elementos mais heterogêneos: texto, espaço cênico, encenação, interpretação, direção, cenografia, figurinos, maquiagem, iluminação, sonorização, etc..
O jogo dramático que o teatro proporciona está sendo utilizado, atualmente, como instrumento de educação, com crianças e jovens, no sentido de estimular suas potencialidades criativas.